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Em física de partículas, um lépton (português brasileiro) ou leptão (português europeu) é uma partícula elementar de spin semi-inteiro (spin 1/2) que não sofre interações fortes. Existem duas classes principais de léptons: léptons carregados, também conhecidos como léptons do tipo elétron, e léptons neutros (também conhecidos como neutrinos). Léptons carregados podem combinar-se com outras partículas para formar partículas compostas como os átomos, enquanto que os neutrinos interagem fracamente com outras partículas. O lépton mais conhecido é o elétron.
Há seis tipos, ou sabores, de léptons, agrupados em três gerações. A primeira geração de léptons, também chamada de léptons eletrônicos, compreende o elétron (e−) e o neutrino do elétron (νe); a segunda são os léptons muônicos, que compreendem o múon (μ-) e o neutrino do múon (νμ); e a terceira são os léptons tauônicos, que envolvem os taus (τ−) e o neutrino do tau (ντ). O elétron tem a menor massa de todos os léptons carregados. Os múons e taus rapidamente decaem em elétrons. Portanto, o elétron é estável e é o lépton carregado mais comum no Universo, enquanto que múons e taus são produzidos apenas em colisões de altas energias (como as que envolvem raios cósmicos ou nas colisões em aceleradores de partículas).
Os léptons têm várias propriedades intrínsecas como carga elétrica, spin e massa. Diferentemente dos quarks, léptons não são sujeitos à força nuclear forte, mas interagem por meio da gravidade e da força fraca. Os léptons carregados interagem também por meio da força eletromagnética.
Para cada sabor de lépton, há sua correspondente antipartícula, conhecida como antilépton, que difere do lépton apenas em algumas de suas propriedades que têm a mesma magnitude mas sinais opostos. De acordo com certas teorias, neutrinos podem ser sua própria antipartícula.
O primeiro lépton carregado, o elétron, foi teorizado em meados do século XIX por muitos cientistas e foi descoberto em 1897 por J. J. Thomson. O próximo lépton a ser observado foi o múon, descoberto por Carl D. Anderson em 1936, que foi classificado como um méson na época. Após investigações descobriu-se que o múon não tinha as propriedades de um méson e, além disso, se comportava como um elétron mas com massa maior. Foi só em 1947 que o conceito de “lépton” como família de partículas foi proposto. O primeiro neutrino, o neutrino do elétron, foi proposto por Wolfgang Pauli em 1930 para explicar certas características do decaimento beta. Foi observado no experimento Cowan-Reines neutrino (Cowan-Reines neutrino experiment), conduzido por Clyde Cowan e Frederick Reines em 1956. O neutrino do múon foi descoberto em 1962 por Leon M. Lederman, Melvin Schwartz, e Jack Steinberge, e a descoberta do tau entre 1974 e 1977 por Martin Lewis Perl e seus colegas do Stanford Linear Accelerator Center (Acelerador Linear de Stanford) e Lawrence Berkeley National Laboratory (Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley). O neutrino do tau não foi descoberto até julho de 2000, quando a colaboração DONUT do Fermilab anunciou sua descoberta.
Léptons são uma parte importante no modelo padrão. Elétrons são componentes dos átomos, junto com prótons e nêutrons. Átomos exóticos com múons e taus em vez de elétrons também podem ser sintetizados, bem como partículas lépton-antilépton como o positrônio.